Habitação Popular

Planejamento 

Condicionantes Físicas
O estudo será desenvolvido no loteamento Jardim Itália, localizado no setor oeste da cidade de Uberlândia-MG. A área possui declividade voltada para sudeste, o que pode auxiliar na diminuição da incidência solar no período da tarde.

O acesso principal ao loteamento ocorre através do prolongamento da Av. José Fonseca e Silva, que percorre os bairros Luizote de Freitas, Mansour e o loteamento vizinho Jardim Europa.

Conforme a lei que trata do Parcelamento e Zoneamento do Uso e Ocupação do Solo - lei 245 – o loteamento Jardim Itália pertence à Zona Residencial 1.

Características da Zona Residencial 1
  •  Lei 245 – Art. 60. Considera-se Zona Residencial 1 (ZR1) a região sul da cidade, a qual acomodará a função habitacional de forma mais restrita e de menor densidade que as demais.
  • Lei 245 – Art. 60. § 5º. Nos loteamentos aprovados antes da publicação desta Lei, situados na Zona Residencial 1 (ZR1), as edificações deverão ter no máximo dois pavimentos acima do nível do logradouro, independentemente do uso, excetuando-se desta restrição os loteamentos Shopping Park e Nova Uberlândia.
  • Art. 71. § 4º. Na Zona Residencial 1 (ZR1), o afastamento frontal será calculado de acordo com as seguintes regras:
    • I - Para edificações com até 02 (dois) pavimentos acima do nível do logradouro, 5m (cinco metros):
    • II - Para edificações com mais de 02 (dois) pavimentos acima do nível do logradouro, de acordo com a seguinte formula, sendo o mínimo de 5m (cinco metros)
      •  AFR = H/5 + 3,00 , onde:
AFR = Afastamento Frontal; H é a medida, em metros, desde o nível médio do meio-fio, até o piso do pavimento mais alto da edificação, exceto casa de máquinas, caixa d’água e terraço com área coberta até 35% da laje.
  • Art. 72. § 2º. III - Na Zona Residencial 1 (ZR1) o afastamento lateral e de fundo será calculado de acordo com a seguinte formula, sendo o mínimo de 4,3m (quatro vírgula três metros):
      •  ALF = H/5 + 2,5 , onde:
ALF = Afastamento Lateral e Fundo; H é a medida, em metros, desde o nível médio do meio-fio, até o piso do pavimento mais alto da edificação, exceto casa de máquinas, caixa d’água e terraço com área coberta até 35% da laje.


Condicionantes Econômicas e Materiais

Para a elaboração deste protótipo serão utilizados os dados obtidos na Avaliação de Pós-ocupação (estudo de campo) realizada em um loteamento com características semelhantes. Segundo esta pesquisa, a maior parcela do público alvo para este tipo de empreendimento possui uma renda que varia em torno de 3 a 5 salários mínimos. Desta forma, os recursos disponíveis para a aquisição do lote e construção de um modelo economicamente viável devem se aproximar da ordem dos R$ 50.000,00.

Estima-se, assim, que a área construída no lote se aproxime dos 50m² de área interna, contemplando aspectos de flexibilidade que atendam a diversidade familiar (família nuclear + cohabitação + DINC) que seja modular, podendo ser ampliada para 60m² e até no máximo 70m². Pretende-se refletir sobre a implantação da habitação em lotes convencionais, priorizando-se o convívio urbano e coletivo, além da privacidade e qualidade espacial em áreas limitadas (terreno padrão 10x25m).

Os modelos tradicionais de habitar também serão discutidos, as novas maneiras de se viver, sistemas flexíveis de produzir espaços domésticos, em moradias destinadas à população com rendimento mensal de 3 a 5 salários mínimos.

 

Condicionantes Socioculturais

Em relação à pesquisa de pós-ocupação (APO) verificou-se:
  • A ocorrência predominante de famílias nucleares com 4 pessoas, residindo em habitação própria sem empregada doméstica, sendo 75% dessas famílias naturais do estado de Goiás.
  • Com relação aos eletrodomésticos destacam-se o uso de geladeira, aparelho de som, lavadora de roupas, televisor, computador e celulares.
  • A motocicleta é o veículo mais utilizado.
  • Os entrevistados demonstraram insatisfação com a dimensão dos espaços, isolamento acústico e de caixilharias, acabamento, segurança, mobília, formato da divisão da casa, área de serviço.
  • Analisando-se o tipo de uso em cada espaço verificou-se que o espaço da sala é o mais utilizado no período diurno, local frequentemente solicitado para: ouvir música, ler ou escrever coisas não relacionadas ao trabalho, estudar, fazer refeições, assistir televisão, conversar com outros moradores da casa, receber visitas.
  • Nos quartos foram citados problemas envolvendo as dimensões (75% regular e 25% péssimo) e também a privacidade em relação aos outros cômodos.
  • O banheiro é a área menos utilizada, sendo requisitado quase que exclusivamente para higiene pessoal. Os entrevistados relataram a necessidade de um melhor acabamento e mais espaço no banheiro para um armário de roupas ou uma banheira.
  • Na cozinha foram relatadas queixas com relação à dimensão e a capacidade de dispor e introduzir eletrodomésticos. No geral, a atividade de cozinhar é realizada pelos próprios moradores diariamente, sendo que eles manifestaram interesse na existência de uma divisória móvel que a integrasse com a sala de estar ou jantar.
  • O lazer em casa está relacionado com a utilização de televisor, DVD, rádio, livros, computador e acesso à internet.
  • De maneira geral a habitação é o lugar onde passam a maior parte do tempo e também o lugar onde estão as pessoas com quem possuem maior vínculo afetivo.
A análise da APO demonstrou a necessidade da criação de espaços de uso coletivo para a realização das principais atividades, mas que proporcionasse certa privacidade nos momentos oportunos. Dentre as ações desenvolvidas na habitação destacaram-se: dormir, higienizar, cozinhar, relaxar, estudar, alimentar, estocar e ler, que foram relacionadas conforme sua compatibilidade.

 Condicionantes Conceituais


Leitura dos textox dirigidos

Em ESTRATÉGIAS DE FLEXIBILIDADE NA ARQUITECTURA DOMÉSTICA HOLANDESA: da conversão à multifuncionalidade, Rita Abreu e Teresa Heitor discutem o conceito de "flexibilidade no quadro da habitação colectiva, a capacidade de adaptação do espaço doméstico aos usos praticados pelos moradores, de modo a responder ao longo do tempo com eficácia e em condições de segurança física, às suas necessidades e expectativas", utilizando como campo de investigação a experiência holandesa.

O assunto parte da diversidade de hábitos e modos de vida da população urbana e a resultante pluralidade de necessidades e de preferências face ao espaço doméstico para questionar as tradicionais formas de habitação e a necessidade de propor modelos alternativos. Rita Abreu e Teresa Heitor entendem a flexibilidade como a "capacidade do espaço físico se adaptar ao processo dinâmico do habitar na medida em que o uso do espaço doméstico se apresenta como um processo variável e dinâmico. Variável porque os usos praticados estão relacionados com os e los de vida dos moradores i.e., com os seus valores, níveis culturais e singularidades, e portanto, não são universais. Dinâmico porque os usos acompanham a evolução da sociedade e como tal não se mantém fixos no tempo.”

As autoras citam Brand e Leupen, e sua distinção de  “elementos arquitectónicos”, a serem considerados nas estratégias de flexibilidade:
  1. Envolvente – Localização e tipo de inserção urbana; 
  2. Estrutura – Fundações e elementos estruturais;
  3. Invólucro exterior – Superfícies exteriores – fachadas e coberturas;
  4. Serviços – Redes técnicas de águas e esgotos, electricidade, gás, AVAC (aquecimento, ventilação, ar condicionado), TV, telefone e Internet e respectivos equipamentos; 
  5. Acessos/circulação – Escadas, corredores, elevadores, galerias; 
  6. Configuração espacial – Elementos do interior (paredes, tectos,pavimentos, portas, etc.)
A pesquisa completa se encontra disponível para download aqui.

______________________________
.

António Baptista Coelho, em Cidade e habitação de interesse social, ressalta  a importância de se fazer "habitação de interesse social com qualidade de desenho e em pequena escala para que tais intervenções sejam, realmente, de interesse social para os seus habitantes, e, simultaneamente, construtoras de uma cidade coesa, agradável, e, portanto, uma cidade de interesse social".

Coelho trabalha o assunto do habitar na cidade com enfoque na contemporaneidade. Para ele "estudar a habitação é estudar a cidade e o modo como fazer cidade viva. Ao analisar o habitar ele identifica novas carências no processo de produção para habitação popular que surgem em virtude do envelhecimento da população" (pesquisa realizada em Portugal), da necessidade de se considerar os aspectos sócio-culturais específicos da população a ser atendida, do crescimento significativo do número de pessoas que vivem sós ou em casais sem filhos e o estilo de vida dessas pessoas que passaram a usar a cidade com intensidade, diversidade e de uma forma disseminada e dinâmica.
  
A pesquisa completa se encontra disponível para download aqui.

______________________________

Estudos de Caso

Foram selecionadas 2 unidades habitacionais distintas do ponto de vista conceitual, mas quem em comum apresentam indícios de flexibilidade.

Libeskind Villa
Daniel Libeskind

Como um cristal crescendo da rocha, uma estrutura emerge do solo: The Villa, Projetado por Daniel Libeskind, é uma obra de arte. Construído a partir de materiais de alta qualidade, este estilo alemão, espaço de vida escultural atende aos mai altos padrões em design, artesanato e sustentabilidade.

O projeto se desenvolve em torno de uma ampla área social, a partir da qual se desprendem as áreas de uso privativo e circulação vertical. Uma sala conjugada à cozinha, cercados de painéis envidraçados que permitem iluminação farta durante o dia e amplas possiblidades para circulação natural do ar.

planta térreo

Planta 1º pav.

 Planta 2º pav.

Para dar forma a este espaço o arquiteto lança mão de uma composição plástica a partir de uma simples folha de papel dobrado que, na sua continuidade, em alguns momentos pode ser parede inclinada, em outros o próprio teto, criando uma noção de ritmo e movimento. Essa monotonia poética é suavizada pela introdução de uma textura diferenciada que compõe sem distorcer a harmonia do conjunto.



Em grande parte a estrutura é composta por madeira revestida utilizada nos planos de fechamento. Material leve e que proporciona o movimento a partir dos planos inclinados. Não foi encontrado maiores detalhes acerca do sistema estrutural do 1º e 2º pavimentos.

Fontes
http://libeskind-villa.com/
http://www.daniel-libeskind.com/projects/show-all/the-villa-libeskind-signature-series/


Farnsworth House
Mies van der Rohe

Um prisma de vidro flutua sobre o espaço, trazendo a simplicidade ao extremo no modernismo.

No interior a fluidez e a transparência, que são as marcas características do arquiteto, tornam a separação entre público e privado aparentemente inexistente.



Aqui a circulação é periférica. No centro se encontram as estruturas que exigem parede hidráulica assim como moveis para estocagem. Este elemento fixo proporciona a diferenciação entre a área íntima e a social sem a necessidade de portas ou divisórias.


A opção pelo sistema estrutural metálico proporcionou a criação de um espaço amplo e sem obstruções, além de conferir leveza ao conjunto.



Fontes:
http://www.greatbuildings.com/buildings/Farnsworth_House.html
http://www.miesbcn.com/
Download: Farnsworth House - Mies van der Rohe.pdf

 

Estudos Preliminares


O conceito inicial parte da análise das necessidades mais frequentemente apontadas na APO, tentando estabelecer uma proporcionalidade em relação ao espaço e seu tempo de utilização,procurando relacionar as atividades que poderiam ser abrigadas em áreas comuns na tentativa de maximizar o tempo de uso de acordo com a classificação das ações no esquema anterior.

No estudo de caso foram avaliados dois modelos de utilização espacial: um em que a área coletiva da acesso às áreas privativas implantadas nas extremidades, sendo a circulação central, e outro no qual a circulação é periférica, sendo o conjunto de armazenamento e paredes hidráulicas o obstáculo entre o privativo e o coletivo.

A prposta aqui é permitir o fluxo central, abrindo os comodos para a criação de um grande espaço integrado, mantendo fixos apenas os fechamentos periféricos, onde posteriormente serão alocados os mobiliários para estocagem.
Buscou-se então relacionar as áreas de uso coletivo e semi-privativo, aproximando-as, e isolando um único equipamento de uso privativo. Uma atenção especial foi conferida à ação de dormir (executada em períodos específicos) que fora flexibilizada ao máximo.

Na sequencia estão duas imagens que mostram um princípio de volumentria para uma habitação isolada e uma implantação onde quatro edificações compartilhariam de um espaço comum para área de serviço no centrop dos quatro lotes.





Estima-se que a execução ocorra utilizando-se estrutura metálica com fechamentos em OSB. Uma segunda opção ainda em análise seria o uso de paineis em fibrocimento para fechamento.

Conformação espacial


Durante a aula eu desenvolvi o que pode ser a base da conformação espacial do projeto da primeira unidade habitacional.

Após conversar com os moradores do bairro Jd. Holanda durante a aplicação do questionário notei que as principais necessidades envolvem a privacidade em momento oportuno e espaço para a interação familiar e acomodação dos objetos pessoais.

Bom, aí vai a primeira ideia com uma área total de 54,5 m² (Modelo 01), mas já com necessidade de alteração. Seria bom aproximar as áreas da cozinha e banheiro para otimizar o uso de materiais.

 

Etapa 02 - Vila Integradora

Os estudos da unidade de habitação mínima serão utilizados agora para a criação de uma vila.

A ênfase será no adensamento urbano horizontal com a criação de espaços coletivos/públicos e espaços privados para 25 famílias, contemplando até 70m² por unidade residencial.

Tambem se propõe a criação de um espaço para a instalação de uma cooperativa cuja administração ficará a cargo dos moradores da vila.

O terreno escolhido possui 80x60 metros, com a dimensão maior voltada para a Av. Afonso Pena.
  
Localização do Terreno


Os pontos de observação são locais onde estão sendo realizados estudos de impacto sonoro em virtude do grande fluxo de veículos, principalmente na Av. Afonso Pena.

Entretanto, apesar da preocupação com a questão da poluição sonora, dados preliminares demonstram que este aspecto pode não ser um fator negativamente impactante de forma tão relevante quanto as suspeitas levantadas na visita de campo.

Em média, numa primeira visita para mediçao dos dados, o valor 70dB foi o encontrado para a região possivelmente mais crítica (o ponto B), local onde há um ponto de ônibus.

 

Mini - habitat : Vila

Em que ponto morar e habitar se diferem? Antes de ser lar, a moradia é um abrigo contra o mundo, um lugar seguro, mas não só isso faz o lar. É preciso ultrapassar a segurança física para que a moradia se torne de fato habitação. Isso sim, habitar não se restringe a espaço apenas, mas transcende em caminhos, em cores, em sons. Quem habita, habita uma cidade, um bairro. São os hábitos de uma pessoa, os traçados que ela percorre, os lugares em que ela descansa, a comida que ela come. É viver em comum.

Viver em lugar que possibilite mais que morar: habitar. Em cidades que engolem o homem, impessoais, fechadas em muros, em apartamentos pequenos, sem qualidade de espaço público e cada vez mais restrita, cabe ao arquiteto propor soluções.  O nosso objetivo era trazer um respiro na confusão que é o centro da cidade. O terreno é localizado na avenida Afonso Pena, entre as ruas Jataí e Jerônimo Martins Nascimento . A área é de 4800 m².  O gabarito das ruas que circundam o terreno varia de dois a três pavimentos. Qualidade no lugar de quantidade, mantendo o gabarito da rua e com o propósito de ter áreas verdes, permeáveis e públicas, foi possível colocar 26 habitações. A diversidade de forma e tamanho das moradias possibilita que diferentes tipos familiares possam habitar a vila. As unidades são de estrutura metálica e fechamento em placas cimentícias.

A disposição das habitações cria atalhos entre elas que torna possível ao pedestre que passa cortar caminhos. A entrada das habitações é voltada para o exterior do terreno, e o fundo para uma rua principal que se forma no meio. Isso porque cria um ambiente mais aconchegante para os morados, com a sua intimidade preservada, e facilita o acesso a porta de entrada. Cada habitação tem um pequeno quintal, que serve a reuniões mais intimas, como complemento da área de serviço ou ao que o morador desejar.

Os caminhos para os pedestres são calçados de blocos intertravados. As áreas dos carros são calçadas com blocos exagonais . Um prédio de dois pavimentos serve tanto ao morador quanto aos habitantes da cidade. Isso porque tem uma área de serviços pequenos, como lanchonetes e cafeterias. Os habitantes têm no prédio uma área de convivência, onde podem fazer festas ou se reunirem. Tem também uma pequena sala para administração e uma área para atender aos trabalhadores do conjunto, como empregados da limpeza e etc.

 

 

Exercicio de vertivalização

Morar na vertical
diversidade tipológica e de uso


objeto Elaboração de um conjunto habitacional VERTICAL para 100 famílias que priorize a relação dos espaços públicos x espaços privados, além da diversidade de usos e de tipologias habitacionais. Pretende-se dar continuidade no exercício anterior (vila integradora) experimentando as possibilidades de adensamento de áreas centrais para HIS através da implantação em formato VERTICAL. Discute-se também a possibilidade de inserção de HIS em áreas centrais através do adensamento vertical, além da valorização dos espaços de uso coletivo e público do lugar promovendo a noção da “cidade ininterrupta”. Os alunos deverão planejar a gestão do lugar através da inserção no empreendimento de 2.000 m² de área total de espaços de trabalho e equipamentos comerciais que possam garantir a manutenção dos espaços coletivos propostos.

____________________________________________


Continuando o exercicio de se criar habitações com flexibilidade chegamos à terceira etapa: verticalização.




No caso do Mini-habitat foram utilizadas as plantas das unidades anteriores, empilhando 96 unidades das 3 tipologias:



Organizadas no mesmo terreno do exercício anterior da seguinte forma:

"O conceito parte de um plano que se verticaliza e sub-dividese em pavilhoes para criar um pátio interno livre e que ao mesmo tempo favoreca a ventilação e proteja a insolação da tarde".


Vila das Mangueiras


O que faz com que as pessoas escolham por habitar em prédios? A possibilidade de morar nos nossos  centros urbanos tão adensados?  A segurança que um condomínio promete?  Os espaços comuns que o prédio oferece, tão distantes da realidade de uma casa média?

É claro que os edifícios de apartamentos também trazem pontos negativos sobre o habitar. A proximidade com os vizinhos, o barulho, o preço alto do condomínio, a falta de um espaço privado que possa servir como  quintal, a falta de ritmo que os apartamentos, todos iguais, produzem, a incapacidade que Os moradores têm de ampliar suas moradias.


Ainda, é possível criar um edifício que equilibre as vantagens e diminua as desvantagens, para que o morador tenha o conforto e as ossibilidades de uma casa com o lucro dos apartamentos.

É preciso que se tenha em mente inúmeras considera- ções na hora de promover um adensamento muito grande em um local. Primeiro é a qualidade de vida do lugar, é preciso prezar sempre para que não só o edifício promova qualidade para quem o habita, mas também que a construção não venha trazer problemas para a região em que ela foi implantada, para além, que ela procure aprimorar a vida.

Para isso, nós trazemos para o edifício uma área pública, que serve ao comércio de pequeno porte, padarias, pequenas lojas, cafeterias, entre outros, uma praça que atende tanto à região como serve de área  de lazer de qualidade aos moradores dos  prédios. Um estacionamento de 150 vagas supre a necessidade tanto do comércio quanto da habitação.

A circulação acontece pelo lado externo dos edifícios, passarelas de dois metros ligam os apartamentos entre si e às escadas. Pequenos espaços são criados nelas pelos vazios dos apartamentos, eles servem  de lugar de estar, servem para que as passarelas não morram suas potencialidades apenas na circulação. É um lugar que deixa de ser público e se torna dos Moradores.